ALAGADOS, assim termina os Mandatos do prefeito Dinha e os problemas serão herança às futuros governos
No próximo dia 31 de dezembro, chegará ao fim o período em que o prefeito Diógenes Tolentino Oliveira, conhecido como Dinha, esteve à frente da Prefeitura de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Dois mandatos repletos de promessas, mas que, ao final, deixam a população de Simões Filho com a sensação de um ciclo inacabado e problemas persistentes, principalmente quando o assunto é a gestão de crises como os alagamentos constantes que afligem a cidade.
Simões Filho, que há anos enfrenta a dura realidade das enchentes a cada período de chuva, não viu uma solução definitiva durante o mandato de Dinha. Áreas como a Região Central, o Campo do Vasco, Oiteiro e o Parque Continental continuam a contabilizar prejuízos, mês após mês, com a repetição do mesmo cenário: ruas alagadas, casas inundadas e o caos se instalando a cada tempestade. Não são poucos os relatos de moradores que, em desespero, assistem à destruição de seus bens materiais, ao mesmo tempo em que se veem à mercê de uma administração que falhou em resolver esse problema crônico.
O Canal da Muriqueira e os Investimentos que Não Trouxeram Soluções
Ao longo de dois mandatos, o prefeito Dinha promoveu diversas operações de crédito e investimentos, incluindo vultosos recursos direcionados à limpeza e manutenção do Canal da Muriqueira, uma das áreas mais críticas para a drenagem das águas pluviais da cidade. Apesar disso, os problemas de alagamentos permanecem inalterados. O dinheiro investido parece ter se perdido, literalmente, pelos bueiros, sem que os resultados prometidos fossem alcançados. E, mais preocupante ainda, a população das áreas mais vulneráveis, como o Campo do Vasco, Goes Calmon, Parque Continental, Mercado Municipal, continuam a sofrer da mesma forma que no início da gestão.
É evidente que, por mais que houvesse uma tentativa de lidar com o problema através de obras e infraestrutura, a solução para os alagamentos de Simões Filho exigia uma abordagem mais ampla, mais eficaz e mais contínua. O planejamento das intervenções e a execução dos projetos não corresponderam às expectativas da população. O dinheiro não resultou em transformação significativa, e as águas que alagam as ruas continuam a ser o reflexo de uma gestão que não soube resolver um dos maiores problemas da cidade.
A Última Ação de Dinha: A Paralisação das Obras
Em um último ato de sua gestão, o prefeito assinou decretos que determinaram a paralisação de importantes obras de infraestrutura, como a limpeza dos canais e a construção de encostas. Um gesto que deixou muitos à margem de um futuro ainda mais incerto. Ao invés de dar continuidade ao que foi iniciado, Dinha optou por suspender intervenções que, se finalizadas, poderiam oferecer algum alívio para a população que aguarda, há anos, por mudanças reais e efetivas.
Esse movimento, ao invés de ser visto como uma tentativa de dar sequência ao trabalho iniciado, foi interpretado por muitos como uma forma de fechar os olhos para as necessidades urgentes da cidade. A decisão de interromper essas obras essenciais para o combate aos alagamentos e à segurança da população causou perplexidade, especialmente considerando o contexto de uma gestão que, em muitos momentos, se apresentou como uma resposta para as necessidades mais prementes da comunidade.
O Marketing da Gestão: Pensa Simões Filho e Boa Terra, Boa Gente…
A gestão de Dinha também foi marcada por campanhas de marketing e promessas de um futuro próspero para a cidade, com slogans como “Boa Terra, Boa Gente” e o “Pensa Simões Filho”, um plano que foi mais um artifício publicitário do que uma realidade prática. O plano, que visava dar uma nova cara para a cidade, ficou no papel, enquanto as soluções para os problemas mais urgentes, como os alagamentos, continuaram a ser deixadas de lado. O sonho de uma Simões Filho melhor foi ofuscado pela incapacidade de lidar com questões estruturais básicas, essenciais para o bem-estar de sua população.
Ao longo dos dois mandatos, a cidade passou por uma série de promessas que não foram cumpridas. As soluções apresentadas pela gestão, que em teoria seriam capazes de resolver os problemas de drenagem e infraestrutura, não tiveram o impacto esperado. O marketing de uma cidade “boa” e “bem cuidada” entrou em conflito com a dura realidade enfrentada pelos moradores nas áreas mais afetadas.
Simões Filho e o Futuro
Simões Filho precisa de um novo rumo. A gestão de Diógenes Tolentino Oliveira, apesar de seus esforços, não conseguiu responder às expectativas da população. O fim do seu mandato é um momento de reflexão e uma oportunidade para repensar as prioridades da cidade. Que o próximo prefeito entenda que a melhoria da qualidade de vida não se dá com promessas vazias ou campanhas publicitárias, mas com ações concretas e comprometimento real com o bem-estar de todos os cidadãos.
Repensar é preciso, Simões Filho. A cidade merece mais do que as palavras vazias de uma gestão que falhou em entregar o que prometeu. O futuro de Simões Filho depende de escolhas certas, e a hora de agir é agora.
Fonte: Redação Nacional – Foto: Ilustração / Divulgação. Videos: Redes Sociais
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