ELEIÇÕES 2024: Simões Filho, Audiência Hoje com oitiva de Testemunhas, Julgamento “Abuso Poder Econômico”

ELEIÇÕES 2024: O Tribunal do Júri do Fórum Josaphat Marinho, em Simões Filho, será palco nesta terça-feira (13), a partir das 9h, do julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) Nº 0600723-81.2024.6.05.0033. O processo, que tramita na 33ª Zona Eleitoral da cidade, apura possíveis irregularidades cometidas no pleito municipal de 2024.

A investigação foi ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral e tem como alvo o ex-prefeito de Simões Filho, Diogenes Tolentino. De acordo com a acusação, Tolentino teria se utilizado da máquina pública para favorecer politicamente e economicamente a candidatura da chapa majoritária composta por Devaldo Soares e Simone Costa.

O julgamento, de grande relevância para o cenário político local, será conduzido pela Justiça Eleitoral da Região Metropolitana de Salvador e pode culminar na cassação dos registros ou diplomas dos envolvidos, além de outras sanções previstas pela legislação eleitoral.

A expectativa é de que o desfecho da AIJE traga impactos diretos no ambiente político simõesfilhense, podendo alterar o curso do processo eleitoral de 2024 no município.

A imprensa e a sociedade civil estão atentas ao desdobramento do caso, que reforça a importância da fiscalização rigorosa no uso de recursos públicos em períodos eleitorais.

O processo que será julgado hoje traz à tona indícios de uso indevido da estrutura administrativa municipal durante o período eleitoral, com possíveis ações direcionadas à promoção da candidatura governista. Segundo o Ministério Público Eleitoral, haveria provas de que o então prefeito Diogenes Tolentino utilizou-se de programas, eventos e recursos públicos com fins eleitorais, em benefício direto da chapa formada por Devaldo Soares e Simone Costa.

A AIJE é um dos instrumentos mais rigorosos da Justiça Eleitoral e pode resultar em sanções severas, incluindo a inelegibilidade dos investigados por até oito anos, além da anulação dos votos e consequente invalidação da chapa caso o Tribunal reconheça a prática de abuso de poder.

Além do impacto jurídico, o julgamento levanta questionamentos políticos e administrativos, especialmente diante da atual condução da gestão municipal. A cidade de Simões Filho tem enfrentado um clima de instabilidade institucional, reflexo da inércia administrativa observada em diversos setores da prefeitura.

Um dos exemplos mais críticos é o bairro de Cristo Rei, onde moradores relatamabandono e paralisação de obras públicas, ausência de

serviços essenciais e falta de interlocução direta com o poder público. A indefinição política gerada pelo processo judicial contribui para uma sensação de insegurança jurídica, afetando diretamente a credibilidade da atual gestão e a confiança da população nas decisões administrativas.

A falta de posicionamento da administração frente ao andamento do processo, aliada à ausência de medidas concretas para assegurar a normalidade da máquina pública, tem agravado o cenário de incerteza. Lideranças comunitárias, representantes civis e até empresários locais têm demonstrado preocupação com os rumos da cidade, especialmente diante da possibilidade de uma mudança abrupta no comando do Executivo municipal, caso a chapa majoritária venha a ser cassada.

O julgamento de hoje é, portanto, decisivo não apenas do ponto de vista jurídico-eleitoral, mas também para o futuro administrativo e político de Simões Filho. A expectativa é de que a Justiça Eleitoral atue com rigor e celeridade, garantindo a lisura do processo democrático e devolvendo à população a confiança nas instituições.

Fonte: redação Nacional, com informações 33ª Zona Eleitoral

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