Eleições 2026: O PSD faz Pressão por Mais “Entrega” do Governo. Para Lula, a prioridade agora é equilibrar a manutenção da sua base aliada

Brasília: A relação entre o Partido dos Social Democratas (PSD) e o governo Lula (PT) atravessa um momento de tensão. Comandando três ministérios – Minas e Energia, Agricultura e Pesca –, o PSD, um dos maiores aliados do governo, vê sua paciência começar a se esgotar. Em um movimento estratégico, a bancada do partido na Câmara de Deputados ameaça romper o apoio ao governo caso sua demanda por uma pasta mais robusta, capaz de gerar “mais resultados” nas bases eleitorais dos parlamentares, não seja atendida.

Lula se reúne com aliados do PSD, 10/2022 — Foto: YouTube/Reprodução

A principal queixa do PSD é a falta de um ministério com maior peso político e orçamentário, que tenha a capacidade de entregar resultados tangíveis nas regiões e estados representados pelos seus deputados e senadores. Com a proximidade das eleições de 2026, os parlamentares do partido temem que a falta de uma estrutura forte o suficiente para impulsionar projetos relevantes para suas bases eleitorais possa comprometer sua reeleição. A insatisfação se concentra no fato de que as pastas atualmente sob sua responsabilidade – Minas e Energia, Agricultura e Pesca – têm um orçamento limitado e uma atuação com foco em áreas específicas, o que dificulta a geração de resultados visíveis e imediatos para as suas regiões.

Em 2024, a Lei Orçamentária de R$ 356 milhões, destinada ao Ministério de Minas e Energia, por exemplo, está longe de ser considerada uma verba significativa, especialmente quando comparada com as necessidades estruturais dos estados e municípios em áreas como infraestrutura, saúde e educação. A falta de recursos mais expressivos torna difícil para o partido apresentar uma “entrega” concreta, que satisfaça as expectativas de seus eleitores e, mais importante ainda, sirva como plataforma de apoio para as campanhas eleitorais dos seus membros.




Por outro lado, o governo Lula não pode ignorar o peso do PSD na composição política da Câmara e do Congresso como um todo. O partido tem sido fundamental para a aprovação de projetos-chave do Executivo, especialmente no que diz respeito à sua agenda econômica. Contudo, a pressão por mais recursos e mais “entregas” nas bases locais não é apenas uma questão de vaidade partidária, mas uma exigência pragmática no cenário eleitoral atual.

Em um momento em que o país enfrenta desafios econômicos significativos e um cenário político fragmentado, a perda do apoio do PSD poderia prejudicar o governo Lula, especialmente em uma Câmara cada vez mais instável. O presidente e sua equipe precisam refletir sobre o que está em jogo e avaliar se é viável manter a coalizão com o PSD com um nível de insatisfação tão alto dentro da bancada parlamentar.

Em resumo, o PSD não está apenas exigindo mais poder ou influência – está buscando, sim, uma “entrega” que permita aos seus parlamentares apresentar resultados concretos nas próximas eleições. Para o governo Lula, a prioridade agora será equilibrar a manutenção de sua base aliada com as necessidades políticas de um partido que, se frustrado, pode facilmente mudar de lado em um cenário eleitoral já tão imprevisível.

Fonte: Redação Nacional

 

 

“O seu apoio mantém o jornalismo vivo. O jornalismo tem um papel fundamental em nossa sociedade. O papel de informar, de esclarecer, de contar a verdade e trazer luz para o que, muitas vezes, está no escuro.

Compromisso com a Verdade, esse é o trabalho de um jornalista e a missão do Redação Nacional.

Precisamos de você e do seu apoio, pois juntos nós podemos, através de matérias iguais a essa que você acabou de ler, buscar as transformações que tanto queremos.”

 




Deixe o primeiro comentário