Esquema de Rachadinha, Ex-Vereador atual Presidente CBPM é Condenado, surgem indícios de novas denúncias em Cidade da RMS
Rachadinha: O ex-vereador de Salvador e atual presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Santana Carballal, foi condenado a 3 anos e 9 meses de prisão, além de 18 dias-multa por prática de “rachadinha”. Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a decisão foi determinada pela Justiça na sexta-feira (21). Carballal foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em março de 2013.

Na sentença, a juíza Virgínia Silveira Wanderley dos Santos Vieira determinou o valor de cada dia-multa em cinco vezes o salário mínimo vigente à época do fato. O réu cumprirá a pena em regime aberto. De acordo com a denúncia do Gaeco, de março de 2013, Carballal, entre os anos de 2009 e 2010, enquanto exercia o mandato de vereador em Salvador, teria se apossado de vencimentos, total ou parcialmente, dos seus 19 assessores. Além disso, nomeou alguns assessores que não trabalhavam, com o objetivo de se apropriar dos vencimentos.
Veículos de Comunicação, entraram em contato com a assessoria de comunicação de Henrique Carballal, que informou que não vai se posicionar, porque a sentença não foi publicada por meios oficiais.
CONDENADO:
A Justiça também condenou Alex Emanoel da Silva, chefe de gabinete do ex-vereador, uma pena de três anos, um mês e 15 dias de prisão, além de 16 dias-multa. Ele foi apontado como responsável pela arrecadação e repasse dos valores desviados.
O portal, além de diversos veículos de imprensa, tentaram localizar a defesa de Alex Emanoel da Silva, mas não conseguiu até a última atualização desta reportagem.
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RACHADINHAS, BAHIA…
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REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR…
Informações ainda em fase inicial de apuração sugerem a existência de um possível esquema de rachadinha envolvendo um vereador da base do governo municipal em uma importante cidade da Região Metropolitana de Salvador. Segundo relatos preliminares, servidores comissionados no EXECUTIVO, teriam sido coagidos a repassar parte de seus salários ao parlamentar — prática que, se confirmada, caracteriza uma grave infração ética e possível ilícito penal.
Entendendo a “Rachadinha”
A rachadinha é um termo popularizado nacionalmente e refere-se à prática de parlamentares que exigem parte do salário de seus assessores em troca da manutenção no cargo. Essa conduta, além de imoral, pode configurar crimes como peculato, concussão e improbidade administrativa, dependendo do contexto e das provas apresentadas.
O Caso em Análise
As informações disponíveis apontam que alguns servidores comissionados já reuniram provas documentais e/ou testemunhais que comprovariam a existência da prática. Tais provas, se confirmadas como robustas, poderão desencadear uma série de desdobramentos:
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Investigação formal por parte do Ministério Público;
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Abertura de Comissão Processante na Câmara de Vereadores;
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Pressão popular e midiática por afastamento e responsabilização do vereador;
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Danos institucionais à imagem do Legislativo municipal e da gestão pública local.
A recorrência desse tipo de denúncia no cenário político baiano — e nacional — revela a fragilidade dos mecanismos de controle interno das Câmaras Municipais. Muitos cargos comissionados acabam sendo utilizados como moeda de troca política e não como instrumentos técnicos para melhorar a governança pública. Além disso, a cultura da impunidade e a ausência de transparência efetiva facilitam a reprodução de práticas patrimonialistas que corroem a confiança da população nas instituições.
Apesar de a denúncia ainda estar no campo da especulação, a simples possibilidade da existência de um esquema de rachadinha já acende um alerta vermelho. A população da cidade em questão deve cobrar transparência, celeridade na apuração e responsabilização exemplar, caso as denúncias se confirmem. Como diz o dito popular adaptado à política baiana: “Pense num absurdo… Na Bahia já tem precedente.” Se não houver firmeza nas instituições e mobilização da sociedade civil, esse tipo de escândalo se repetirá como um ciclo vicioso, à custa do dinheiro público e da dignidade do serviço público.
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