Uma Aliança pela Nossa gente: Tem um Início de Mandato com Exonerações, Atrasos de Salário, Rescisões e Heranças Amargas
“Uma Aliança pela Nossa Gente“: Simões Filho, município estratégico da Região Metropolitana de Salvador, já enfrenta um início de 2025 marcado por profundas contradições administrativas. Sob a liderança do novo prefeito Del do Cristo Rei (União Brasil), o discurso otimista de campanha sobre prosperidade e boa gestão parece cada vez mais distante da realidade. Em poucos dias de mandato, sua gestão já carrega o ônus de decisões que não apenas afetam diretamente os servidores municipais, mas também colocam em xeque a credibilidade das promessas feitas à população.
O Decreto 001/2025, que exonerou milhares de funcionários municipais, escancarou a fragilidade do discurso político adotado até aqui. Ao mesmo tempo, os servidores dispensados convivem com o silêncio perturbador da gestão municipal sobre o pagamento das verbas rescisórias e os salários em atraso. A situação, que atinge de forma particularmente grave os trabalhadores da saúde e de outras secretarias, revela a precariedade de uma transição administrativa que deveria primar pela responsabilidade fiscal e pelo respeito àqueles que mantêm a máquina pública funcionando.
Pior ainda, o cenário expõe as consequências de uma herança administrativa que muitos já classificam como “maldita“. A gestão anterior, que se autodenominava “Boa Terra, Boa Gente”, termina com um saldo desastroso: meses de salários atrasados, compromissos financeiros pendentes e uma estrutura administrativa carente de planejamento. Ainda mais preocupante é a continuidade política entre o ex-prefeito e o atual gestor, ambos do mesmo partido, União Brasil, o que reforça a sensação de continuidade das falhas, em vez de mudanças estruturais tão esperadas.
O silêncio de boa parte dos servidores é um reflexo do medo de represálias. A quem não se cala, resta o grito nas redes sociais, onde denúncias e desabafos têm revelado uma indignação reprimida. Enquanto isso, o novo prefeito enfrenta o delicado desafio de não apenas resolver os problemas herdados, mas também justificar as promessas de uma gestão eficiente que, até o momento, não se materializou.
Del do Cristo Rei, em vez de reforçar as perspectivas de esperança e prosperidade, inicia sua gestão com uma decisão que repercute de forma negativa: milhares de exonerações em um momento de instabilidade financeira, somadas à incerteza sobre como e quando os direitos trabalhistas serão honrados. Assim, em vez de agir como um solucionador de problemas, o novo prefeito parece perpetuar a crise, colocando em risco não apenas sua imagem, mas também o bem-estar dos servidores e a confiança da população.
Simões Filho exige mais do que discursos vazios e gestos políticos. O momento pede transparência, competência administrativa e, sobretudo, respeito pelos servidores municipais. É imperativo que a nova gestão apresente soluções concretas para a crise que, sob sua responsabilidade, não pode ser atribuída indefinidamente à administração anterior. A cidade merece líderes que transformem o slogan “Boa Terra, Boa Gente” em uma realidade palpável, e não em mais um legado de promessas descumpridas.
Se as próximas semanas, prefeito Devaldo Soares, não trouxer respostas claras e ações objetivas, a sua administração corre o sério risco de começar e ser marcada pela desconfiança e pelo descontentamento popular.
É o momento de agir, e agir rápido. Que as próximas decisões do atual governo, de fato, justifique seu slogan:
Prefeitura de Simões, uma aliança pela nossa gente…
Foto: Danilo Canuto – Ascom – PMSF
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