Editorial, Redação Nacional: O mundo manifesta homenagens, e pesar, pela morte do Pacifista, Humanista Papa Francisco

Simões Filho, Bahia: O mundo despede-se, com profunda comoção, de uma das figuras mais influentes e humanas do nosso tempo. A morte do Papa Francisco representa uma perda imensurável não apenas para os católicos, mas para todos aqueles que viam nele um farol de esperança, humildade e coragem moral.

Francisco não foi um Papa comum. Foi o primeiro da América Latina, o primeiro jesuíta, o primeiro a escolher o nome do santo de Assis — símbolo da paz, da simplicidade e do amor pelos pobres. E, fiel ao seu nome, ele revolucionou a Igreja Católica com gestos concretos e palavras fortes. Ele nos ensinou que a fé não pode estar distante do sofrimento humano e que a caridade não é um ato de caridade apenas, mas de justiça.

Sua ligação com o Brasil foi especialmente marcante. Na Jornada Mundial da Juventude, em 2013, no Rio de Janeiro, conquistou o coração dos brasileiros com sua simplicidade, sua fala direta e seu carinho pelo povo. Voltaria outras vezes, não fisicamente, mas por meio de mensagens, discursos e gestos que sempre incluíam o Brasil em suas orações e preocupações. A amizade e o respeito mútuo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva simbolizavam a abertura de Francisco ao diálogo com líderes comprometidos com a justiça social. Falavam sobre a importância de combater a fome, reduzir desigualdades e construir um mundo mais fraterno. Com Lula, compartilhava a convicção de que os pobres devem ser prioridade, e não estatística.

O papa Francisco recebeu o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e a primeira-dama, Janja, no Vaticano no dia 21 de junho de 2023 —

Foto: Ricardo Stuckert – Presidência da República

Apaixonado por futebol, Francisco também se aproximava do povo por meio desse amor universal. Torcedor do San Lorenzo, via no futebol uma linguagem comum, que une nações e derruba barreiras sociais. No Brasil, país do futebol por excelência, essa paixão encontrava eco e afinidade.




Mas, acima de tudo, Francisco será lembrado como um pacifista incansável. Em um mundo marcado por guerras, ódio e indiferença, ele nunca deixou de clamar pela paz. Em um de seus últimos apelos, exortou os líderes políticos a não cederem à lógica do medo, mas a usarem os recursos disponíveis para ajudar os necessitados, combater a fome e promover o desenvolvimento. “Estas são as ‘armas’ da paz: aquelas que constroem o futuro, em vez de espalhar morte”, disse, com a lucidez e firmeza de quem enxergava além das aparências.

Papa Francisco recebe peregrinos das PONTIFÍCAS OBRAS MISSIONÁRIAS do Brasil -2022

 

Hoje, o mundo perde um líder espiritual. Mas a semente que Francisco plantou continuará a florescer. Sua mensagem de paz, justiça e solidariedade não será esquecida.

Descanse em paz, Papa Francisco. Seu legado permanecerá vivo nos corações de milhões.

Romário dos Santos – Editor Chefe

Redação Nacional

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