Simões Filho, e a Política do “Zero Hum”, e os Desafios que Persistem na Cidade

Desde 2017, Simões Filho, cidade na Região Metropolitana de Salvador (RMS), tem vivido uma cena política singular, onde o prefeito Diógenes Tolentino Oliveira, conhecido como “Dinha”, foi elevado ao status de “Mito”, “Zero Hum”,  por seus aliados. Esse tratamento reverencial transformou-o, aos olhos de muitos, em uma figura quase intocável, uma liderança absoluta, à qual se acreditou que teria a solução para todos os problemas estruturais que afligem a população de Simões Filho…

No entanto, ao chegar aos últimos dias de seu segundo mandato, a realidade de  não é nada animadora.

A cidade continua a enfrentar graves problemas em sua infraestrutura, mobilidade urbana e serviços básicos. No entanto, por mais que o sofrimento da população seja evidente, o prefeito Dinha, o “Zero Hum”, é sistematicamente isentado de suas responsabilidades.

A narrativa que se construiu ao longo dos último 8 anos é : “A culpa não é de Dinha”.

Em um cenário de alagamentos constantes, há sempre a justificativa de que o problema é causado pela natureza, pelo volume pluviométrico, ignorando completamente o volume de recursos públicos que foram investidos em obras que, ao final, não trouxeram resultados efetivos para resolver esses problemas.

Alagamentos: Um Problema Crônico Ignorado pela Gestão

A cada período de chuva, Simões Filho se vê imersa em alagamentos que prejudicam a vida cotidiana de seus moradores, Comerciários, Prestadores de Serviços, uma realidade que atinge o centro e as periferias da cidade. No entanto, enquanto a população sofre com as enchentes, o prefeito Dinha e sua administração optam por desviar a responsabilidade.

Ao invés de enfrentar o problema de forma eficaz, a narrativa imposta é de que o volume de chuvas é o único fator determinante. Mas, quem realmente entende a situação sabe que a gestão municipal tem sido negligente em resolver as questões estruturais que causam os alagamentos.

Não podemos ignorar o fato de que recursos públicos foram destinados a obras de drenagem, de saneamento e melhorias nas infraestruturas da cidade, mas muitos desses projetos falharam em sua execução. Obras de grande porte, como a construção e reforma de escolas, se tornaram um símbolo dessa ineficácia. Um exemplo claro disso é a Escola Enock Pimentel, localizada na Copa I, na Ilha de São João, onde uma obra que deveria melhorar as condições de ensino e a segurança das instalações quase comprometeu a estrutura do conjunto habitacional.

A população para ser ouvida, em suas reinvindicações, passou a usar as Redes Sociais…

O investimento de milhares de reais em empreiteiras não resultou em um ambiente seguro e adequado para os alunos e servidores. Essas obras, que eram tidas como essenciais, se mostraram promessas vazias e falhas, levando a um desperdício de recursos que poderiam ter sido mais bem aplicados em soluções efetivas.

A Falta de Responsabilidade na Gestão Municipal

A falta de responsabilidades claras e a constante tentativa de isentar a gestão de qualquer falha têm sido marcas registradas da administração de Dinha. Quando ocorrem os problemas, como os alagamentos, a desculpa dada é sempre a mesma: a natureza, a chuva forte, o clima imprevisível. Poucos questionam, de fato, o quanto as obras realizadas durante os mandatos realmente impactaram a vida da população ou se resolveram os problemas de infraestrutura que a cidade enfrenta há anos.




A responsabilidade dos governantes não se resume a justificar as falhas e apontar fatores externos. Ao ocupar o cargo de prefeito, Diógenes Tolentino Oliveira tinha o dever de garantir que a cidade fosse preparada para enfrentar essas intempéries. Não se pode culpar a natureza por um problema crônico que afeta a cidade a cada estação de chuvas. A falta de planejamento e a execução inadequada das obras de infraestrutura são falhas que não podem ser ignoradas. Simões Filho precisava de uma gestão que, além de olhar para as questões de marketing e autopromoção, tivesse a coragem de admitir as falhas e trabalhar para corrigir os problemas reais da cidade.

“ZERO HUM” e as Consequências da Gestão

O tratamento de “ZERO HUM” que foi dado a Dinha não se reflete na realidade da cidade.

Simões Filho não se transformou na cidade prometida durante as campanhas eleitorais. Não há uma melhoria visível na qualidade de vida da população, que continua enfrentando dificuldades cotidianas sem respostas efetivas da administração. A perpetuação dessa imagem de infalibilidade e de um prefeito inatingível, intocável, tem gerado um fosso cada vez maior entre o que é prometido e o que realmente é entregue.

A imagem do “mito” precisa ser reavalada.

A população de Simões Filho não pode continuar acreditando em promessas vazias e justificativas fáceis. As obras que deveriam melhorar a infraestrutura da cidade não entregaram os resultados esperados, e o sofrimento da população continua sendo ignorado por aqueles que ocupam o poder. A cidade precisa de uma gestão que tenha coragem de reconhecer os erros, corrigir as falhas e, principalmente, ouvir as necessidades da população.

Conclusão: A Hora de Repensar Simões Filho

É urgente que a administração municipal repense a forma como lida com os problemas da cidade. Os alagamentos, a falta de infraestrutura, os desperdícios de recursos em obras mal executadas são questões que não podem mais ser ignoradas. A cidade de Simões Filho precisa de líderes que estejam dispostos a enfrentar as dificuldades de frente e trabalhar para resolver os problemas que afetam diretamente a vida de seus moradores.

A imagem do prefeito Dinha como um “mito” e a tentativa de isentar sua responsabilidade pelas falhas da gestão precisam ser reavaliadas. Não é possível continuar empurrando a culpa para fatores externos, enquanto a população sofre. Simões Filho merece mais do que promessas vazias e justificativas infundadas. É hora de mudar e garantir que o futuro da cidade seja construído com responsabilidade, transparência e comprometimento com o bem-estar de todos

Para realizar suas tarefas, as prefeituras contam principalmente com o dinheiro arrecadado pelo Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviços (ISS). Mas nem sempre essa verba é suficiente, podendo ser necessário um aporte do Governo Federal.

CABE AO PREFEITO:

•         Desenvolver as funções sociais da cidade e garantir o bem estar dos seus habitantes;
•         Organizar os serviços públicos de interesse local;
•         Proteger o patrimônio histórico-cultural do município;
•         Garantir o transporte público e a organização do trânsito;
•         Atender à comunidade, ouvindo suas reivindicações e anseios;
•         Pavimentar ruas, preservar e construir espaços públicos, como praças e parques;
•         Promover o desenvolvimento urbano e o ordenamento territorial;
•         Buscar convênios, benefícios e auxílios para o município que representa;
•         Apresentar projetos de lei à câmara municipal, além de sancionar ou vetar;
•         Intermediar politicamente com outras esferas do poder, sempre com intuito de beneficiar a população local;
•         Zelar pelo meio ambiente, pela limpeza da cidade e pelo saneamento básico;
•         Implementar e manter, em boas condições de funcionamento, postos de saúde, escolas e creches municipais, além de assumir o transporte escolar das crianças;
•         Arrecadar, administrar e aplicar os impostos municipais da melhor forma;
•         Planejar, comandar, coordenar e controlar, entre outras atividades relacionadas ao cargo.

 

Romário dos Santos – Jornalista

 

 

 

 

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