Violência Policial: Agrava Crise na Segurança Pública da Bahia, famílias em luto protestam e exigem Justiça, Governo em Cheque…!

SALVADOR, Crise na Segurança Pública na Bahia: Na última segunda-feira (24), o governador Jerônimo Rodrigues anunciou mudanças no comando das Forças de Segurança da Bahia, em uma coletiva realizada no Centro de Operações e Inteligência (COI) da Secretaria de Segurança Pública (SSP). A medida, apresentada como resposta à crescente crise no setor, reflete a tentativa do governo estadual de estancar o avanço da violência e da insatisfação popular. No entanto, as recentes ocorrências em Salvador e Região Metropolitana expõem a fragilidade das ações adotadas até o momento e a urgência de reformas estruturais — e não apenas administrativas — na condução das políticas de segurança pública.

Sede da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) fica no CAB, em Salvador — Foto: Cid Vaz/TV Bahia

Os fatos falam por si. Em Salvador, uma jovem de 19 anos, estudante de estética, perdeu a vida ao ser atingida por uma bala perdida durante um confronto entre policiais militares e suspeitos, no bairro da Engomadeira. A vítima, segundo relatos de familiares, apenas se dirigia ao mercado quando foi surpreendida pela violência. Em Simões Filho, outro episódio estarrecedor: durante uma blitz, um motociclista identificado como Ananias Alves de Souza foi alvejado por dois disparos, sendo um deles na região da cabeça. Morador da Pitanguinha e trabalhador, Ananias precisou passar por uma delicada cirurgia no Hospital do Subúrbio. Casos como esses não são exceções, mas sintomas de um problema crônico que se agrava a cada dia. Segundo populares, através de vídeos publicados nas Redes Sociais, os tiros foram efetuados por Policiais Militares, que prestavam apoio, durante mais uma blitze, realizada pelo DETRAN-BA, em Simões Filho, na Rotatória, próximo a sede da unidade Fabril e escola Irmã Dulce, região central da cidade.

Essas ocorrências não são apenas tragédias pessoais; são reflexos de uma gestão da segurança que parece falhar em equilibrar eficácia com respeito aos direitos humanos. A sensação de insegurança, que antes se concentrava em áreas específicas, hoje alastra-se por todo o estado da Bahia. A população, já tão sofrida por outros déficits sociais, agora se vê diante de um inimigo ainda mais temido: o uso excessivo da força por aqueles que deveriam protegê-la. A oposição ao Partido dos Trabalhadores, está politizando as falhas na elaboração das políticas de Segurança, elevando o tom das críticas ao governador Jerônimo Rodrigues e partidos aliados.




É preciso dizer com todas as letras: Somente as mudanças nos comandos não bastam. A substituição de nomes nas chefias das corporações, sem um redirecionamento profundo nas práticas e na mentalidade institucional, torna-se um gesto inócuo, uma tentativa política de apaziguar a opinião pública sem atacar as causas reais da crise. O governador Jerônimo Rodrigues e o secretário Marcelo Werner detêm a autoridade constitucional para formular e implementar as políticas públicas de segurança. Contudo, a essas autoridades exigem-se responsabilidade, compromisso com a vida é necessário ouvir os clamores, da sociedade, que estão perdendo a confiança nas forças policiais, e a cada excesso chorando a perda de seus membros. As forças do Estado devem reassumir sua prerrogativa de devolver a sensação, efetiva, de segurança aos Soteropolitanos e demais habitantes do Estado, ou seja, toa sociedade civil.

A atual conjuntura exige mais do que respostas pontuais. Requer a revisão urgente dos protocolos de atuação das polícias, investimentos em inteligência e prevenção, e, sobretudo, a reconstrução da confiança entre o Estado e a população. O aparato de segurança deve servir ao povo, não amedrontá-lo. A paz não se constrói com tiros — muito menos contra inocentes.

O que está em jogo não é apenas a reputação de um governo, mas o futuro da segurança pública em um estado historicamente marcado por desigualdades. Persistir no modelo atual é condenar a Bahia a ciclos intermináveis de medo, repressão e injustiça. É tempo de coragem política, de romper com o improviso e de colocar a vida no centro  das  decisões.

A Bahia clama por Segurança Pública — e ela precisa ser real, na proteção da sociedade, profunda e urgente.

Na foto, Ananias Ananias Alves de Souza, Hospital do Subúrbio, Salvador.

Romário dos Santos

Editor Chefe – Redação Nacional

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